Alimentação para crianças hiperativas

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A Hiperatividade Infantil é considerada uma afecção neurológica comum na criança em idade escolar e é um dos problemas mais frequentes da atualidade.

A hiperatividade pode ser definida como uma atividade motora excessiva e movimentação física extrema, aliada a hiperatividade da fala e ideativa, o que provoca distúrbios motores e pode incapacitar a criança para a fixação da sua atenção ou na execução de determinada tarefa.

Na prática, essa condição se apresenta como uma inquietação excessiva e um desassossego constante. “A impulsividade também é observada no hiperativo, devido a uma provável disfunção na neurotransmissão córtico-límbica, manifestada como inconsistência entre o impulso para agir e a cognição sobre o impulso.”

 

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A dificuldade na aprendizagem escolar e no cotidiano, o esquecimento, a desorganização, o hábito de deixar as tarefas incompletas e não seguir regras, sejam elas escolares ou de jogos e brincadeiras, a impulsividade nas respostas, são alguns dos principais sintomas desse transtorno.

“São comuns também queixas de memória, como esquecer letras já aprendidas ou recados, pois a atenção tem estreita relação com os mecanismos de aquisição e registro de informações”.

As crianças podem ser bastante agitadas e costumam apreciar e ter bom desempenho em jogos de videogame, pela rapidez e brevidade características desses jogos.

 

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 Com ou sem distúrbio de concentração, a hiperatividade infantil, tem nas suas principais causas os desiquilíbrios nutricionais, como intoxicações por metais, carências de ácidos graxos, hipersensibilidades nutricionais, hipoglicemia.

 

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O que colocamos na nossa mesa nos dias de hoje é uma alimentação que vem cheia de estimulantes, além de ser pobre em nutrientes. O resultado disso é que a alimentação moderna não permite um funcionamento adequado do cérebro, fato este que pode interferir no relacionamento social e no rendimento da aprendizagem da criança.

A nutrição, ou seja, a formação de hábitos alimentares corretos, pode oferecer respostas eficazes, pois essa área trabalha diretamente na causa deste distúrbio. Como já sabemos, os alimentos causam diferentes reações no nosso organismo e o seu excesso ou deficiência pode estimular ou desacelerar as reações do corpo.

Uma dieta é indispensável para manter o bom funcionamento do cérebro, especialmente quando há transtorno de déficit de atenção – TDAH, com ou sem hiperatividade.

 

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O nosso cérebro consome entre 20% a 25% de toda a energia dos alimentos que ingerimos por isso a qualidade dos alimentos afeta seu modo de funcionamento.

Os alimentos que ingerimos podem desempenhar dois papéis importantes no nosso cérebro, como aumentar o seu desempenho ou deixar ele mais lento. No caso da hiperatividade, a intenção é oferecer uma dieta de digestão mais lenta, e nesse caso são indicados os carboidratos e as proteínas (como alimentos orgânicos, frutas e verduras), evitando-se o consumo das proteínas e carboidratos de digestão rápida (açucares, farinha branca, etc.) Quando ingerimos carboidratos, eles passam rapidamente para a corrente sanguínea, causando um aumento dos níveis de glicose sanguínea, o que por sua vez aumenta a produção de insulina, que retira o excesso de glicose do sangue, acumulando-a no fígado ou formando depósitos de gordura. Dessa maneira, o cérebro fica sujeito a uma montanha russa nos níveis de glicose, o que é inconciliável com a necessidade de um cérebro que tem dificuldades em manter padrões estáveis de funcionamento.

 

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Muito se tem comentado sobre alimentos industrializados, conservantes, aromatizantes, produtos que tendem a realçar sabor, eles contem aditivos e pode bloquear a produção de protaglandina, um fluido corporal que age como hormônio e controla muito dos processos físicos no corpo estimulando as células nervosas.

 

Açúcar e gorduras que estão sempre à disposição das crianças, e demonstram aumento das reações impulsividade e diminuição da atenção.

O consumo excessivo desses alimentos, ricos em corantes e conservantes podem ser responsáveis por acumulo de toxinas que interagem com a produção de neurotransmissores no corpo, o que pode estimular as células nervosas. O consumo do açúcar, embora pareça ser inofensivo, pode provocar hiperatividade, pois um alto teor de açúcar numa determinada refeição provocará um aumento na secreção de insulina pelo pâncreas resultando em hipoglicemia.

Alimentação-para-crianças-hiperativas08Este processo fisiológico, por sua vez, irá aumentar a adrenalina, ocasionando ativação de reações nervosas e comportamentos de hiperatividade. Alguns trabalhos (KIM; CHANG, 2011) demonstram que o consumo de açúcar é positivamente correlacionado com um maior nível e deficiência de atenção e hiperatividade semelhante ao TDAH.

O consumo excessivo de carne vermelha age da mesma forma, sendo recomendado um aumento de outros tipos de proteína como frango, peixe ou ovos.

Alimentos contendo cafeína como chocolate e alguns refrigerantes também podem agravar o caso, pois são estimulantes

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Outro elemento que eleva o estresse oxidativo no cérebro, podendo atrapalhar o seu funcionamento normal e aumentando os sintomas é o ômega 6. Ele esta presente em margarinas, em alimentos ricos em gorduras hidrogenadas e em gorduras animais, como carne vermelha, salmões criados em cativeiro, galinhas e ovos de granja

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Além de agravar os problemas de aprendizagem e a excitação afetiva e psicomotora, o ômega 6 também provoca depressão do sistema imunológico,

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Deficiência de minerais também tem ligação com a hiperatividade.

Vejamos o caso do Ferro, que quando esta em falta no organismo causa um aumento de desatenção. Quando suplementado causa resultados positivos, pois melhoram os níveis de ferritina plasmática.

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O zinco também pode favorecer a evolução, pois é um co-fator no metabolismo de neurotransmissores e de ácidos graxos. Ele também é um regulador do metabolismo da dopamina, que está diretamente relacionada com a fisiopatologia da hiperatividade. Boas fontes de zinco na alimentação são: gengibre, castanha do pará, nozes, amendoim, amêndoas, avelãs, ervilhas, salsinha, vagem, repolho roxo, espinafre, gema de ovo, aveia, germe de trigo e de centeio, farelo de trigo, pão integral, milho e alho.

 

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O desequilíbrio de ácidos graxos essenciais Ômega 3 e 6, a deficiência dos minerais zinco, ferro e selênio e o aumento dos níveis de metais tóxicos, provavelmente aumentam o nível de estresse e tornam-se causas primárias do TDAH.

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Concentração de chumbo

Crianças pequenas que apresentam intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos da hiperatividade. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.

Fontes de contaminação

  • Água tratada devido ao sistema de condução das águas ser de Cobre e Chumbo
  • Contato direto com a gasolina
  • Tintas de cabelo
  • Perfumes fortes e anti transpirantes
  • Objetos de chumbo contatados no trabalho (linotipo, baterias de carro, tintas e vernizes)

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Alimentos alergênicos

É importante evitar que o consumo de produtos que causam algum tipo de alergia ou intolerância alimentar. Entre os mais alergênicos estão: a soja, o glúten e o leite.

Glúten: presente no trigo, cevada, centeio e aveia, o gluten pode desencadear diversos sintomas mentais, incluindo o TDAH. A proteína do trigo, gliadina, atravessa a barreira encefálica e pode causar alterações nos processos mentais em crianças sensíveis, intolerantes ou alérgicas ao alimento.

Leite: é importante identificar uma intolerância à lactose, que pode contribuir para aumentar os sintomas do TDAH.

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Alguns fatores que são modificados na alimentação das crianças hiperativas podem reduzir os sintomas. Veja alguns alimentos que podemos de chamar de aliados:

Os peixes e frutos do mar contêm ômega 3, que melhoram os processos mentais, além de ter ação anti-inflamatória geral.

Os alimentos ricos em tirosina, um aminoácido que o corpo usa para produzir dopamina, substância química liberada pelo cérebro que desempenha uma série de funções, incluindo prazer, recompensa, movimento, memória e atenção, são encontrados no abacate, aves, amêndoas, gergelim e semente de abobora.

As frutas devem ser ofertadas no lugar de lanches açucarados, pois eles contêm vitaminas, minerais e fibras que contribuem para manter a glicemia em nível estável, os grãos integrais (feijões, grão-de-bico, ervilha e lentilha) podem ajudar a manter a glicemia estável e são fontes de minerais e vitaminas B6.

As folhas verdes como couve, espinafre, agrião, são fontes de B6, folato e magnésio, um mineral que costuma ser baixo nas crianças com TDAH.

Proteínas animais (carne de vaca, aves, pescados e suínos) são fontes de ferro, outro mineral que é carente nos pacientes com TDAH. Também são ricas em vitaminas do complexo B, ligadas à saúde do cérebro.

Alimentos ricos em zinco como iogurte, peixes e frutos do mar, ovo e semente de girassol são importantes para o funcionamento do cérebro e para uma série de reações bioquímicas.

No aspecto alimentar, sabemos que nosso o cérebro necessita de parte das calorias ingeridas para funcionar e de nutrientes específicos para o seu desenvolvimento, sendo assim, para que as crianças mantenham energia ao longo do dia mas ao mesmo tempo, não percam a capacidade de concentração e memória, a ingestão dos alimentos certos deve ser encorajada dentro de uma dieta equilibrada diariamente.

Referências Bibliográficas

Hiperatividade vs. Alimentação