Quando subimos na balança o que estamos pesando? Nem sempre aqueles quilinhos a menos na balança significam que perdemos gordura, bem como os quilos a mais também não indicam que temos excesso de gordura. Mas, como conseguir diferenciar se a marca na balança representa a gordura, a água ou os músculos?

Existe uma grande confusão nos conceitos que envolvem a perda de peso e o emagrecimento. Na verdade, esses são conceitos que caminham juntos, mas que são muito diferentes. Perder peso é diminuir o peso da balança, mas isso pode se ocorrer pela perda da massa muscular e dos líquidos. Um exemplo é aquele em que a pessoa toma diuréticos e acaba eliminando água corporal, através da urina. Com isso, ela até perde peso na balança, mas não quer dizer que emagreceu, já que emagrecer é perder gordura propriamente dita.

Emagrecer é necessário. A gordura corporal é prejudicial ao nosso organismo, por isso é ela que devemos procurar diminuir quando fazemos dietas ou exercícios físicos. Por outro lado, se houver perda de peso pela perda de massa muscular o que ocorre é um prejuízo em nosso organismo, pois esse fato acaba prejudicando o nosso metabolismo, deixando cada vez mais difícil o emagrecimento a longo prazo e a manutenção dos quilinhos eliminados.

Vamos entender como se divide o nosso peso total, ou seja, aquele que enxergamos na balança.  Constituído por massa magra (engloba músculos, água, ossos e órgãos) e massa gorda (gordura corporal, tanto a gordu

ra abaixo da pele como a gordura entre os órgãos), o peso de uma pessoa também é compatível com o seu porte físico e a sua idade.

A massa gorda nada mais é que nossa gordura corporal total, também chamada de tecido adiposo, que tem como função principal o depósito de gordura, sendo responsável pela produção e regulação de uma série de hormônios envolvidos com o processo de emagrecimento e ganho de peso.

A massa magra corresponde a todos os componentes que formam o corpo, exceto a gordura corporal, como por exemplo: os ossos, os músculos, os órgãos vitais e os resíduos orgânicos (pele, cabelo, unhas). Por fim, a água corporal total encontra-se distribuída em dois tipos de compartimentos: o líquido intracelular (dentro de nossas células) e o líquido extracelular (que banha nossas células). Do nosso peso total, aproximadamente 60% é água. Essa quantidade, porém, varia em função da idade, do sexo e da quantidade de tecido adiposo que a pessoa possui.

A partir do momento que conhecemos nossa composição corporal fica mais fácil de controlar o peso e saber se estamos saudáveis. Temos que estar sempre conscientes de que somente o peso total não quer dizer muita coisa. A exemplo disso, uma pessoa com quantidade excessiva de gordura corporal tem maiores riscos de desenvolver distúrbios endócrinos (hormonais), resistência à

insulina, pré-diabetes e outras enfemidades. Já uma pessoa com a massa muscular adequada é metabolicamente mais ativa, facilitando até mesmo a perda de peso, já que músculo queima muito mais energia que gordura.

Quando se pratica exercício de força, observa-se um aumento de massa magra no corpo, o que poderá levar a um aumento no peso na balança, confundindo o indivíduo. Mas isso é a maior prova de que ha uma troca interna onde a massa gorda dá lugar à massa muscular no corpo. Para ter certeza desta mudança pode-se fazer um exame chamado bioimpedância que avalia a composição corporal. Por meio de corrente elétrica de baixa intensidade, a bioimpedância consegue medir percentuais de gordura, massa magra e água corporal. Mas, se você não tem acesso a esse exame, que tal um método mais? Se, mesmo depois de meses de treinamento, o seu peso na balança é o mesmo ou até maior (por conta do fortalecimento muscular), você pode concluir que perdeu gordura pelas suas roupas, pois elas ficam mais largas que o normal. Esta é a forma mais simples de notar que perdeu aquelas gordurinhas e que, finalme

É sempre bom saber o que esta perdendo e o que esta ganhando ou acumulando no seu corpo, assim fica mais fácil para reajustar dietas e exercícios.nte, esta com mais massa magra.