Refluxo gástrico e alergia alimentar

O refluxo gastroesofágico (RGE) é um fluxo involuntário do conteúdo gástrico para o esôfago. Esse fenômeno é um dos responsáveis por 75% das doenças do esôfago, além de ser uma das três principais causas da procura por consultas pediátricas.

O refluxo pode ser fisiológico ou patológico, dependendo das complicações associadas e pode ocorrer em qualquer fase da vida, sendo mais comum nos primeiros meses de vida.

As regurgitações pós-alimentares surgem entre o nascimento e os quatro meses posteriores, com resolução espontânea, na maioria dos casos, até um ano de idade. A intensidade dos sintomas diminui bastante após seis meses de vida.

Por outro lado o refluxo pode ser patológico, exigindo mais cuidados quando,  além de vômitos e regurgitações, estão presentes outros sinais e sintomas, com comprometimento do estado clínico geral do paciente. Ele ainda pode ser primário, quando ocorre como resultado de uma disfunção na junção esôfago-gástrica  ou secundário, quando resulta de outras condições clínicas, como, por exemplo, alergia alimentar ou obstrução intestinal.

O tratamento do RGE fisiológico deve ser realizado inicialmente sem medicamentos, pois, a maioria tende a melhorar espontaneamente com o crescimento da criança. O primeiro passo do tratamento é a orientação adequada dos pais sobre o que o refluxo e que, na maioria das vezes, trata-se de um processo fisiológico passageiro, sem maiores complicações. Outras medidas recomendadas são deixar a criança na posição de decúbito dorsal, ou seja, com a barriga voltada para cima ou para o lado. Outra solução é deixar a cabeceira do bercinho ou da cama elevada em 20 ou 30 graus.

Mas de todas as medidas, a principal é a adequação da dieta da criança. A nutricionista indicará um cardápio adequado para que essa fase na vida da criança seja muito mais tranquila. Hoje em dia, há inclusive fórmulas de leite anti-refluxo, que podem ser muito bem adaptadas a dieta do bebê.

 

Eliane Petean Arena

Nutricionista – CRN 3267

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