Osteoporose: o mal silencioso dos ossos

A osteoporose e uma doença metabólica caracterizada pela diminuição da massa óssea e pelo desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, que ficam mais sujeitos a quebraduras. O sinal primordial da osteoporose é justamente esse: a facilidade de ocorrência de fraturas, após traumas leves ou durante as atividades da vida diária.

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Essa doença silenciosa dos ossos se deve a brusca diminuição da absorção do cálcio pelo organismo. As pessoas mais propensas a este tipo de patologia são os indivíduos de pele clara (denominadas caucasianos); mulheres em fase de climatério/menopausa; os fumantes e os alcoólicos. No que diz respeito a alimentação, há alguns itens do cardápio de todos nós que também ajudam a remover o cálcio dos ossos. O café, as bebidas a base de coca cola e as gaseificadas, são responsáveis por esse efeito e por isso devem ser consumidas com moderação. Além das características genéticas e dos planos alimentares, alguns outros fatores são criadores de propensão para o desenvolvimento da osteoporose. A imobilização dos ossos, por fraturas e principalmente o sedentarismo se encaixam entre essas condições. É que os ossos necessitam de estimulo para receber cálcio e formar mais estrutura óssea. Daí é que vem a recomendação da vida ativa, em qualquer idade. Por outro lado, alguns medicamentos, como alguns corticoides, também podem provocar o problema, bem como a cirurgia bariátrica.

Ao falarmos sobre a osteoporose, o ideal é pensar na prevenção. O mais indicado para homens e mulheres é a chamada “Poupança Óssea”

A baixa exposição à luz solar, característica de nosso tempo de prevenção de câncer de pele; a má nutrição calórico-protéica, com baixa ingestão de cálcio; a presença de fatores hormonais e a utilização de drogas para tratamento de várias doenças; também podem ser considerados

Ao falarmos sobre a osteoporose, o ideal é pensar na prevenção. O mais indicado para homens e mulheres é a chamada “Poupança Óssea”; um movimento em que aprendemos a acumular cálcio para utilizar no futuro. O período da adolescência, até mais ou menos 35 anos de idade, é a fase ideal para acumular o máximo de cálcio.

A humanidade deve estar muito atenta com esse mal silencioso que, apesar de atingir mais as mulheres na fase da menopausa, pode também acontecer na infância e na adolescência. Na infância, a formação de cálcio excede a reabsorção e a remodelação óssea é intensa, com dois períodos de aceleração do crescimento: nos dois primeiros anos de vida e durante a adolescência (entre 11 e 14 anos nas meninas e entre 13 e 17 anos nos meninos). Os cuidados devem atingir principalmente a prática de exercícios e a criação de cardápios pró-cálcio para os indivíduos que estão em fase de formação. Hoje em dia, o hábito de consumo diário de refrigerantes e o costume de permanecer muito tempo sentado à frente de computadores, televisores e jogos eletrônicos, são riscos alarmantes para as crianças e os adolescentes.

Na menopausa os ossos sofrem por outro motivo. O que ocorre é a diminuição dos níveis de estrógeno, o que afeta, bruscamente, a composição corporal/ orgânica da mulher, surgindo os riscos para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e a osteoporose.

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Portanto, a reposição de cálcio pelo ser humano deve ser adequada. O que se recomenda é uma ingestão mínima diária de Cálcio e Vitamina D de, respectivamente, de 1200 mg e 400 UI. É possível atingir essas recomendações, através do aumento do consumo de alimentos fonte de cálcio e da exposição ao sol, em horários recomendados, por pelo menos 15 minutos ao dia.

Mas é preciso estar também atento a absorção do cálcio pelo organismo, pois ela depende de outros nutrientes para aumentar a biodisponibilidade do nutriente, caso contrário, pode ser prejudicada e aí, o cálcio ingerido não é aproveitado pelo corpo. Para aumentar a absorção orgânica do cálcio, precisamos dos seguintes nutrientes: o magnésio, que é um co-fator para mais de 300 reações enzimáticas; o zinco, que é responsável pela formação de enzimas ósseas e pela calcificação; o boro, que atua no metabolismo do cálcio, do magnésio, do potássio, do fósforo e da vitamina D; manganês, que tem a função orgânica de ajudar no metabolismo do cálcio e do fósforo sendo, portanto muito importante sua intervenção no processo de ossidificação; a vitamina K, necessária para produção de protombina, para a formação de ossos e sua reparação (ajuda a fixar o Cálcio no osso e é suplementar nos quadros de osteopenia e osteoporose); a Vitamina D, que estimula a reabsorção óssea, aumentando os níveis de cálcio no sangue, além de promover a absorção de cálcio (após a exposição à luz solar.

Para o bem e a longevidade da saúde óssea, nosso cardápio diário deve conter nutrientes pró-absorção do cálcio. Em certos casos de má absorção dos nutrientes o nutricionista deve estar atento para a necessidade de suplementação de vitaminas e sais minerais que irão auxiliar a regulação do equilíbrio ósseo.

 

ELIANE PETEAN ARENA

Nutricionista

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